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sábado, 12 de janeiro de 2008

A ELEGÂNCIA DO PRETINHO BÁSICO


Reportagem: Renata Vasconcellos

Dizem que uma mulher bem-vestida precisa ter um guarda-roupa bem colorido. Mas há uma unanimidade: o preto. Um pretinho básico impera absoluto em meio aos outros tons, combina com tudo. Sozinho, fica ainda mais elegante. E de tão usado, virou um clássico.

Pretinho básico: é assim, no diminutivo, que uma das peças mais célebres do guarda-roupa feminino é conhecida. E não confunda o básico com algo banal ou de menor valor. Para elas, ele significa a simplicidade indispensável.

"A verdadeira elegância é a simplicidade. Quanto mais simples, mais elegante você vai estar", opina Vanessa Rouvier. "O mais simples é o mais chique", completa a administradora Bianca Thomaz. “Toda mulher sensual, que tem estilo, tem um pretinho básico dentro no guarda-roupa", destaca a designer Juliana Caetano.

"Nada como as imagens de Helmut Newton para ver esse que sexy preto, esse sexy black. Ele é frio, sem a necessidade de colocar o decote no umbigo”, acredita o estilista Carlos Tufvesson.

Sensualidade... Nem sempre foi assim. No passado, o preto foi usado na França - e depois no resto da Europa - como a cor da aristocracia religiosa. Séculos mais tarde, na Era Vitoriana, o preto só era concebível para as que estavam de luto.

As poucas que ousaram vestir a cor, digamos, de uma forma mais ousada pagaram por isso. A reputação do pintor John Sargent, que retratou uma bela mulher, foi recuperada a tempo. Mas a de Madame X, como era conhecida a mulher, nunca mais foi a mesma...

Aos poucos, as mulheres foram botando o preto na moda. E Coco Chanel, sempre ela, tratou de sacramentar o tubinho preto como o chique simples, irretocável. Era a cor da segurança.

"Não tem erro. Você coloca um pretinho básico. Se quiser botar um acessório para a noite, você põe. Se quiser botar uma rasteirinha, uma Havaiana, está bom para qualquer lugar", diz a autônoma Maria Eduarda Bravo.

“O pretinho básico navega com uma facilidade, que permite, na insegurança, errar menos. Insegurança, por exemplo, de ir na casa da sogra pela primeira vez, use um pretinho básico", destaca o estilista Carlos Tufvesson.

Mas como ele resiste há tanto tempo? Cada geração dá seu jeito para diferenciar o pretinho da mamãe ou da vovó. "Um decotezinho, talvez um pouco mais curtinho", diz a estudante Samantha Lins Borghoff.

Mas até as mais jovens se rendem aos clássicos. "Sabe aquele vestido que a Audrey Hepburn veste em ‘Bonequinha de Luxo’? Esse vestido me vem à cabeça, sem mangas, com alça, comprido, justo e elegante. Ele é tudo de bom. É maravilhoso!”, opina a estudante Samantha Lins Borghoff.

A camisa branca, o jeans, o terninho, o vestido preto: o que faz de uma peça de roupa um clássico não é um estilista ou uma personagem. É a sociedade, que de tempos em tempos adota uma roupa que atravessa fronteiras sociais e culturais - mais pela necessidade e menos pela aparência

Foi assim com o pretinho básico. A mulher, mais ocupada, precisou de uma roupa prática, que usasse menos tecido, que não sujasse tanto. E ainda descobriu que a cor emagrecia... Estava aí a receita para um clássico eterno!

Existe uma história de Coco Chanel que, quando ela era pequena e teve que ir para um orfanato, as freiras a obrigavam a usar preto para se diferenciar das outras alunas que tinham mais dinheiro. Dizem que a vingança dela foi, anos mais tarde, vestir todas as mulheres de preto.

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